Refúgio

No novo dormitório, o leito é um esquife ordinário. Agora, irmão legítimo da ameba. Encontra asilo no porão profundo e escava. O cupim negro broca o teto e não atinge o mármore, uma parede doente revela a cara medonha dos buracos, a traça rói a mortalha imunda - tudo percorre a mesma órbita. No inventário da carne podre que fica, ao verme operário das ruínas toca a mais rica porção. Cego, ele só pede luzes.
4 Comments:
Do caralho! Leonardo, bem "augusta", inpiração tirada das entranhas hehehe. Tá muito boa mesma. Espero ver mais.
Abraço!
: )
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